Ex-emigrante cristã diz porque votou e votará na Dilma
Talvez cansados de ler boatos sobre Dilma Rousseff na Internet, alguns petistas radicados nos EUA começaram a circular o texto “Cansei: vou votar no Serra.”O texto fala mais ou menos assim: “cansei de ir ao supermercado e encontrá-lo cheio. O alimento está barato demais. O salário dos pobres aumentou e qualquer um agora se mete a comprar carne, queijo, presunto, hambúrguer, iogurte, etc. Cansei dos bares e restaurantes lotados nos fins de semana. Se sobra algum, a gentalha toda vai para a noite. Cansei dessa tranqueiragem.”
Por outro lado, os líderes evangélicos de Boston estão distribuindo o texto “O povo sou eu,” de Bráulia Ribeiro, cujo segundo parágrafo diz o seguinte: “a massa, já disse o sociólogo, é manobrada, o povo é uma mera vítima da zelite e os pobres nunca ditam seu destino. A pobreza, segundo o PT, não é uma circunstância econômica, mas uma condição moral.”
E numa campanha presidencial que todos os dias recebe atalhos obscuros pela Internet, também foi pela rede mundial que uma amiga da minha esposa comentou o texto “Cansei.”
O blogueiro conseguiu a permissão para publicar o texto abaixo, mas se comprometeu a não divulgar o nome da autora. A autora é professor de Maringá, no Paraná, e frequentadora de igreja evangélica durante todos os 10 anos que permaneceu nos EUA.
Na realidade, a opinião desta professora traz um ponto de vista de alguém que deixou um Brasil de um jeito, passou 10 anos nos EUA em busca de melhoria financeira, e quando retornou a Maringá comprovou que o padrão de vida melhorou muito.
“Bom, este texto sobre votar no Serra, exprime a realidade brasileira, pelo menos aqui em Maringá. É notório que as classes mais favorecidas se sintam incomodadas sim. A classe média em geral tem uma grande parcela de pessoas que migraram de classes inferiors.
E o que eu acho engraçado é que, de uma hora pra outra, essas pessoas não querem mais ter contato com gente ou situações que lembrem seu passado. Isso incomoda muito. Não há mais distinção de classes gritante entre o trabalhador e quem tem um pouco mais. (Claro não estou falando dos milionários).
Quando eu saí daqui (de Maringá par aos EUA), a frota de veículos era composta mais ou menos de 60% de carros usados pra velhos. Até quando eu estava pra voltar, de vez em quando me dava um friozinho na barriga. Porque é super normal pintar uma insegurança, achando que eu iria encontrar a mesma realidade. Pois posso te dizer com todas as letras, tudo mudou! Hoje pelo menos 90% da frota é de carros novos. O meu irmão me disse que se vc quiser comprar um importado mais caro como BMW e AUDI tem que entrar na fila de espera de 6 meses ou mais. Eu tenho um Corolla, que é considerado um carro normal aqui. Eu fico feliz com o que eu estou vendo. As pessoas têm mais chance de conseguir os bens materiais tão almejados no passado.
O que incomoda grupos de burgueses decadentes é que o meu vizinho pobrezinho agora pode ter casa, comer bem, ter carro e até viajar, "verdadeiro absurdo, inadimissível!"
Outro exemplo próximo é que antes para se ter uma empregada doméstica não era tão caro, hoje se você for colocar na ponta do lápis sai quase por R$ 1 mil por mês. Você tem que registrar, pagar férias, transporte ... Isso é maravilhoso, significa que há menos pessoas disponíveis para este tipo de trabalho, porque as outras estão empregadas em outros setores.
Aqui em Maringá, por exemplo, você tem que entrar em fila pra conseguir pessoas para a construção civil, cada esquina tem uma casa, um prédio, uma reforma sendo feita, uma loucura, "verdadeiro absurdo, o que eles estão pensando?"
Eu votei na Dilma e estou com muita esperança para o segundo turno, claro que é necessário você relevar emails absurdos que os adversários divulgam, como por exemplo, da ditadura "Chaviana" chegar ao Brasil, que a Dilma vai censurar todos os meios de comunicação ... As mesmas coisas que falavam quando o Lula era candidato. O que me entristece é que a pessoas repassam mas nem se dão conta do absurdo do conteúdo.
Bom, meus ideais socialistas não me deixam parar, estou feliz porque milhões de miseráveis estão se alimentando.”
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